Qual é o seu estilo de parentalidade?
Quando nos tornamos pais e mães, a correria é tão grande que não pensamos sobre quase nada. O carrinho da roda gigante sai e não para mais. Não dá para pedir pra descer, não dá pra não pular os loopings surpresa que surgem pelo caminho. Apenas seguimos o fluxo!
Mas chega um tempo em que nós pais deixamos de nos preocupar com a troca de fraldas e passamos a entender que nossa função, além de proteger aquele serzinho fofo e indefeso, também criar e educar um indivíduo que fará parte de uma sociedade. E ai é que são elas… Como encontra equilíbrio entre a orientação e a autonomia na criação dos filhos?
A parentalidade nos conduz por um desafio de descobertas e aprendizado contínuo. Nesse sentido, entender que existem diferentes estilos que moldam nossa forma de criação dos filhos é essencial. Ao longo das gerações, foram surgindo abordagens parentais distintas, impactando diretamente o desenvolvimento infantil. Na teoria, existem quatro tipos de parentalidade: o Autoritário, o Permissivo, o Negligente e o Democrático.
Tipos de parentalidade
O Autoritário assemelha-se a um manual rigoroso, com regras imutáveis e obediência esperada sem questionamentos. A figura parental detém poder absoluto na tomada de decisões. Mas será que esse caminho promove autonomia e compreensão nos filhos? Já o estilo Permissivo é o extremo oposto. Este tipo de educação flexibiliza as regras, com limites tênues. A liberdade é valorizada, mas a questão é se essa abordagem prepara as crianças para responsabilidades do mundo real.
O estilo parental Negligente deixa as necessidades emocionais da criança em segundo plano, gerando lacunas no desenvolvimento dos pequenos. E por fim, o Democrático é aquele que busca o meio-termo. Os pais estabelecem regras, mas estão dispostos a ouvir. A comunicação flui em ambas as direções, e as crianças aprendem a importância de limites e habilidades de tomada de decisão. É por isso que eu admiro a Educação Positiva, porque ela enfatiza a construção de conexões e a compreensão das necessidades emocionais da criança. Não se trata apenas de dizer "não", mas de explicar o "porquê" e envolver a criança na tomada de decisões.
Esse tipo de criação não foca no repreender, mas também em reconhecer e reforçar comportamentos positivos. O segredo está em colocar o estímulo do desenvolvimento emocional da criança, na construção da autoestima e na promoção da autorregulação. Este pode ser o caminho para uma parentalidade equilibrada? Eu acredito que sim.
Nós sabemos que cada família é única e que não existe uma fórmula para o sucesso na criação dos filhos. Por isso, temos que encontrar um equilíbrio alinhado aos valores de cada núcleo familiar. Esse sim é o verdadeiro desafio.
A parentalidade é uma jornada de autodescoberta. Uma oportunidade de crescer junto com os filhos. Apenas pensar sobre que tipo de pai e mãe você quer ser para o seu filho, ou filhos, já estamos pavimentando o caminho para uma relação saudável, preparando as crianças para um futuro cheio de respeito, afeto e grandes possibilidades.
Vamos juntas?
*Geovanna Tominaga é educadora parental, jornalista especialista em Neurociência, Educação e Desenvolvimento Infantil. Graduanda de Psicologia e mãe de primeira viagem do Gabriel. Também possui MBA em Comunicação e Mkt em Mídias Digitais e é fundadora do Conversas Maternas.
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