Risco de afogamento nas férias, esse é um assunto muito importante e que todos pais, cuidadores e familiares de crianças devem ter consciência e atenção.
Vamos aos números: você sabia que no Brasil, é a 1º causa de morte na faixa de 1 a 4 anos, a 2º causa entre 5 e 9 anos e a 3º entre 10 e 14 anos de idades?
Risco de afogamento nas férias
A OMS-Organização Mundial da Saúde estima que ocorram em torno de 236.000 mortes por afogamento todos os anos, no mundo, estando entre as dez principais causas de morte de crianças de 5 a 14 anos.
E para cada uma criança que morre por afogamento inúmeras sobrevivem (número difícil de estimar no mundo), algumas sem sequelas, mas muitas apresentarão desde alterações neurológicas leves (distúrbios de memória, de aprendizado, por exemplo) até quadros de lesões neurológicas graves (coma, estado vegetativo persistente).
Porque as crianças menores tem mais riscos de afogamento?
Crianças de maneira geral e mais ainda as pequenas tem atração por água, e as com idade inferior a 5 anos apresentam maior risco de afogamento onde devemos, principalmente, ligar nosso sinal de alerta e atenção.
Os menos de 5 anos tem maior chance de desequilíbrio, ainda, pois devido a estrutura óssea e anatomia a cabeça, ombros, brações e membros superiores são ainda a parte mais pesada do corpo levando a ter uma inclinação comprometida e gerando os episódios de desequilíbrios assim como quedas intermitentes e de fase passageira.
Mas como falado acima eles amam o que? Água! Logo tende a querer não só a entrar e brincar dentro nela mas também ao redor e perto dela aumentam assim os riscos de afogamento caso tenhamos uma queda por perto ou até mesmo o afogar pois estão dentro dela sem supervisão e controle adequado.
E além disso pensando na faixa etária risco devemos nos alertar que os afogamentos não rpecisam de grande volumes de água, como piscina, para ocorrem, locais com pequenas quantidades de água como em bacias, banheira, baldes e vasos sanitários, são suficiente para que ocorra um afogamento.
E se tratando de crianças pequenas e menores de 5 anos as mesmas não possuem ainda maturidade suficiente para sair de uma situação de emergência, por isso nossa função é protege-los e tornar o ambiente seguro para que estas situações não ocorram.
Logo, DEVEMOS PROPICIAR O LOCAL PARA PREVENIR O AFOGAMENTO.
Afogamento: o que fazer?
Mas então porque pensar nos adolescentes e por que também ocorrem acidentes com os mesmos?
Adolescentes são os famosos aventureiros, tendem a se arriscar e tentar tudo! Quando estão em grupo essa vontade e prazer aumentam, aumentando também os riscos. E nesta fase eles querem brincar sem segurança, esporta radical, nadar longa distancia sozinho e etc.
Além de tudo na adolescência sabemos que aumento o risco para outros comportamentos como uso de álcool e as vezes até drogas ilícitas o que torna mais perigoso em caso de brincadeiras sem segurança.
Como prevenir afogamentos?
o Manter o ambientes seguro: não deixar ao alcance de crianças menores de 5 anos - baldes, bacias, e etc.
Ensinar as crianças e adolescentes a respeitarem as placas de PROIBIÇÃO de praias e piscinas, e sempre seguir as orientações do salva-vidas.
Manter tampas de vasos sanitários sempre abaixadas.
Ensinar seu filho a não fazer brincadeiras arriscadas na água e não nadar sozinho.
Instale barreiras que controle o acesso a reservatórios, como cercas em torno dos 4 lados da e tenha portão com tranca que impeça o acesso não autorizado.
Ensine seu filho a nadar e a mergulhar! Coloquem seus filhos na natação!
Aprenda e treine as pessoas responsáveis por cuidar da criança a nadar e fazer o resgate de forma segure.
Saiba fazer manobras de reanimação se necessário.
Usem coletes salva vidas indicados para cada faixa etária.
O que NÃO DEVEMOS fazer?
· NÃO permita que seus filhos utilizem objetos perigosos, sem que haja a certificação e confirmação de segurança: por exemplo, as “caldas de sereia” que são responsáveis por vários afogamentos!
· NÃO deixe o bebê ou criança sozinha na banheira, piscina ou qualquer reservatório de água, nem por um instante.
· NÃO deixe baldes, bacias ou outros recipientes com água ao alcance de crianças menores de 5 anos.
· Piscinas portáteis devem ser esvaziadas e desmontadas após o uso;
· NÃO deixe atrativos, próximos a recipientes com água;
· NÃO confie em boias ou outros dispositivos de flutuação que não sejam coletes salva-vidas.
Lembre-se sempre: a PREVENÇÃO é sempre o MELHOR REMÉDIO!
*Bruna Mello é médica pediatra, formada pela UNESA desde 2016, com residência em Pediatria no Hospital Municipal Jesus. Cursa pós-graduação em Nutrição Materno Infantil pela FAPES. Também é consultora de amamentação.
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