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Mãe de primeira viagem

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Conversas Maternas - Eduardo Duarte
Foto do escritorPor Amanda Rohter

Maternidade atípica: a mãe esquecida


Maternidade atípica: a mãe esquecida - mãe com filho no colo, sorridentes.
Amanda e seu filho Danilo.

Quando sonhamos com nossos filhos, não imaginamos uma maternidade atípica. Planejamos cada detalhe de uma gestação, nascimento, amamentação, as roupinhas... Como será o futuro dele?


Enfim, nós planejamos ter o filho perfeito (e não tem nenhum problema nisso!). Mas a vida nos traz surpresas pelos caminhos, e na maternidade não é diferente.




Minha maternidade atípica

Minha segunda gestação foi muito planejada, demorei para ter um teste positivo em mãos, e quando esse dia chegou, eu quase não acreditava.


Muito querido e amado, meu filho chegou, perfeito e saudável. Tudo saiu como planejado, até ele completar 1 ano de 8 meses, e os sinais do Autismo começaram a ficar evidentes.


Somos criados e educados para ter uma maternidade natural, mas quando vem o diagnóstico de autismo, tudo muda. A partir do momento que nós recebemos o laudo cheio de nomes de terapias e termos que, sequer, sabíamos que existam, nossas vidas viram de cabeça para baixo.


"Minha vida, e da família, virou de ponta cabeça. Mas o que eu ainda não sabia era que tudo seria uma questão de perspectiva".

Quando eu paro e lembro naquele dia, sinto que foi como se o relógio parasse e eu quisesse voltar uns segundos, quando aquele diagnóstico não existia. Na minha cabeça, só pensava: "mas o que vou fazer agora? O que será da vida do meu filho? Ele vai depender sempre de outra pessoa? E o futuro?"


Maternidade Atípica e a Mãe esquecida

Eu já era mãe da Marina quando meu filho chegou. Eu vi aquela maternidade natural mudar com o Danilo. Sem pensar, eu parei de trabalhar. Passa horas e horas pesquisando sobre tratamentos, cursos, profissionais... Tudo pra entender o que era o Autismo. Minha vida, e da família, virou de ponta cabeça. Mas o que eu ainda não sabia era que tudo seria uma questão de perspectiva.


No início, foram 06 meses sem parar pra respirar! Ser pensar em mim... Contei com ajuda com minha filha mais velha, que era uma criança mas já entendi sobre acolhimento e inclusão. Tudo isso, em meio à pandemia! Sem tempo para me cuidar (do corpo, mas principalmente da mente!), comecei a ter crises de ansiedade e tive que a me dar atenção.


Maternidade atípica me transformou

Maternidade atípica: a mãe esquecida - Amanda e Danilo
"Meu filho me ensina muitas coisas todos os dias, principalmente sobre superação".

Todas nós, mães que recebem um diagnóstico, passamos por um momento de luto. Deixamos a maternidade natural e perfeita que havíamos idealizado para trás e passamos a ser mães atípicas.


Muitas vezes, precisamos deixar a profissão, ou adaptar nossa jornada de trabalho, para sermos terapeutas dos nossos próprios filhos. Somos capazes de entender tudo sobre Autismo em questão de meses!


Hoje, eu entendo que a maternidade atípica mudou minha vida. Me transformou como pessoa. Passei a ver a vida com outros olhos, a valorizar detalhes que antes eu sequer parava para observar. Também entendi que precisava parar um pouco e olhar ao meu redor.


Não é fácil pra nenhuma família superar os obstáculos do Autismo, mas precisamos agradecer pelo privilégio de conviver com eles e aprender diariamente com um autista. Meu filho me ensina muitas coisas todos os dias, principalmente sobre superação.


Apesar do Transtorno, as mamães precisam priorizar também o autocuidado. Contar com uma rede de apoio, mesmo que paga quando possível, para o lazer e a saúde mental.


Mães, nós precisamos estar bem para nós mesmas e para nossa família. Precisamos disso, merecemos isso!



*Amanda é advogada, especialista em direito empresarial, compliance e direito a saúde, discente em curso de Analise com comportamento aplicada pelo CBIofMiani, com atuação focada no direito à saúde.

 



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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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