Síndrome de West:entenda
- Da redação
- há 7 horas
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Saiba o que é, sintomas e como apoiar famílias que vivem esse desafio

A Síndrome de West, também conhecida como espasmos infantis, é uma forma rara e grave de epilepsia que costuma surgir nos primeiros meses de vida do bebê.
Apesar de pouco falada, é uma condição que transforma completamente a rotina e o emocional das famílias, especialmente das mães, que se tornam o centro do cuidado. Neste artigo, explicamos o que é a Síndrome de West, seus sintomas, causas, diagnóstico e caminhos possíveis de tratamento.
Embora seja uma condição desafiadora, há espaço para esperança. Com diagnóstico precoce, terapias adequadas e uma rede de apoio sólida, muitas crianças alcançam avanços significativos. A informação, o acolhimento e a empatia são as maiores ferramentas para transformar a realidade de quem vive com a Síndrome de West.
🎧 Assista ao episódio do Conversas Maternas com Isabel Fillardis e conheça sua história de fé, amor e maternidade atípica.
Síndrome de West: o que é?
A Síndrome de West é caracterizada por três principais elementos: Espasmos, hipsarritmia; regressão ou atraso no desenvolvimento. Vamos entender melhor cada situação:
Espasmos infantis — movimentos musculares bruscos e repetitivos;
Hipsarritmia — um padrão anormal e desorganizado de ondas cerebrais detectado no EEG;
Regressão ou atraso no desenvolvimento — perda de habilidades já adquiridas.
Ela foi descrita pela primeira vez em 1841 pelo médico inglês William James West, que observou os espasmos no próprio filho. Geralmente, os primeiros sinais aparecem entre 4 e 8 meses de idade.
Causas e diagnóstico da síndrome de West
As causas podem variar desde lesões cerebrais, infecções congênitas, malformações cerebrais e outros fatores genéticos:
Lesões cerebrais antes, durante ou após o parto (como hipóxia neonatal);
Infecções congênitas ou metabólicas;
Malformações cerebrais;
Fatores genéticos;
Ou ainda causas desconhecidas (idiopáticas).
O diagnóstico é clínico e neurológico, baseado na observação dos espasmos, regressão de marcos motores e exames como o eletroencefalograma (EEG) e ressonância magnética. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controle e desenvolvimento.
Tratamento e acompanhamento
O tratamento da Síndrome de West é complexo e deve ser feito com acompanhamento multidisciplinar. Entre as abordagens mais comuns estão:
Terapia com ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) ou corticosteroides;
Medicamentos antiepilépticos;
Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional;
Acompanhamento neuropediátrico constante.
Cada criança responde de forma diferente. O objetivo é controlar as crises, estimular o desenvolvimento e garantir qualidade de vida.
O papel da família e da rede de apoio
Viver com a Síndrome de West impacta toda a estrutura familiar. As mães, especialmente, enfrentam uma sobrecarga emocional e física significativa — algo que Isabel Fillardis relatou com profunda sensibilidade em sua entrevista no Conversas Maternas:
“As mães atípicas são o ar, as pernas e os braços dos filhos.”
Por isso, o suporte emocional, social e psicológico é essencial. Grupos de apoio, terapia familiar e políticas públicas inclusivas são fundamentais para aliviar a jornada dessas famílias.
Procure ajuda! Converse com sua rede de apoio, com outras mães, com profissionais de saúde. Existem psicólogos, terapeutas ocupacionais, grupos de mães atípicas e redes de acolhimento que podem caminhar com você. O amor materno é imenso, mas não precisa ser solitário. Divida o peso, aceite o colo, e lembre-se:
Cuidar de quem cuida também é uma forma de amor.
Fontes:
*Da Redação do Conversas Maternas
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