Saiba porque essa fase, que vai dos 0 aos 6 anos de idade, é tão importante para o desenvolvimento infantil e a construção do ser.
Primeira Infância é o período da vida que vai da gestação até os seis anos de idade. É nessa fase que se formam 90% das conexões cerebrais. Mais da metade dessa janela de oportunidade ocorre nesse período. O estresse, a falta de nutrição adequada, deslocação social, baixa atenção, nesses primeiros anos de vida tornam a criança insegura, desconfiada, com baixa autoestima, prejudicando sua aprendizagem e a criação de comportamentos saudáveis.
PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA
Durante toda a Primeira Infância, o desenvolvimento é muito acelerado, mas há diferenças significativas entre as duas fases. Os três primeiros anos de vida (incluindo a vida intrauterina) são determinantes para o desenvolvimento emocional e cognitivo de uma pessoa.
De acordo com estudos da neurociência, o cérebro das crianças passa por uma intensa fase de amadurecimento entre a gestação e os 2 anos, o que determina uma grande capacidade de absorção do ambiente. No período posterior, que vai dos 4 aos 6 anos, por outro lado, a criança possui maior autonomia. Isso quer dizer que, além de conseguir se expressar, ela consegue desenvolver diversas atividades sozinha, como brincadeiras relacionadas às práticas esportivas.
Nessa fase, a cognição (ou seja, a busca de conhecimento sobre o mundo) já é mais complexa. Por exemplo, a partir dos 5 anos, a criança já pode ser estimulada a seguir rotinas.
A BASE DE TUDO
É como se esses primeiros anos de vida da criança representassem o alicerce onde será construído um edifício complexo. Quanto mais forte e bem fundamentado, mais peso e altura ele aguentará.
Esse edifício é o mundo onde o adulto viverá. Por isso é tão importante investir na qualidade dos vínculos que a criança vai estabelecer com familiares, cuidadores, educadores e ambientes. Todas as atividades na infância devem ser pensadas de uma forma global, envolvendo diferentes áreas, como a saúde, a Educação, a assistência social, a cultura, entre outros.
POR QUE INVESTIR NA INFÂNCIA?
As habilidades cognitivas desenvolvidas nesse período proporcionam estímulos cerebrais que ocasionam o amadurecimento das funções mentais e a capacidade adaptativa.
O que foi vivido, experimentado e aprendido nessa primeira fase da vida do ser humano, se reflete pela vida toda. Na educação, por exemplo, se desenvolve habilidades como a criatividade e o seu exercício; a atenção; as competência socioemocionais; a memória; a percepção auditiva; o foco; responsabilidade social. Por isso, esse olhar global é tão importante quando falamos em desenvolvimento.
Pela visão econômica, a educação é como um investimento eficaz para o desenvolvimento da força do trabalho. Na jurídica, o enfoque está em mudar o cenário de violência. Para a social: humanidade, sobrevivência, saúde que levam a um sucesso escolar. Viu, como esse é um assunto de extrema importância?
Acompanhe as nossas publicações para saber como você pode ajudar a sua criança a se desenvolver melhor nessa fase crucial da vida.
*Geovanna Tominaga é jornalista, educadora parental, especialista em Neurociência, Educação e DesenvolvimentoInfantil. Estudante de Psicologia e Psicopedagogia mãe de primeira viagem do Gabriel.
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