Olá, já que essa é primeira vez que apareço por aqui, vou me apresentar. Meu nome é Vanessa Monteiro sou nutricionista há 22 anos trabalho muito na área de nutrição materno infantil.
Sou mãe de duas adolescentes lindas que me ajudaram muito nesse desenvolvimento profissional, afinal assim como acontece com algumas de vocês também passei pelo período de introdução alimentar e formação de hábitos alimentares.
Acompanhar nutricionalmente o bebê desde que ele está na barriga da mãe até ele se tronar adolescente, passando por todas as suas fases de desenvolvimento é um grande prazer pra mim e com isso, já deu pra perceber que amo o que faço, né?
Em busca do prato ideal
Pra começar a nossa história por aqui, escolhi falar um pouquinho sobre como montar o prato do seu filho. Essa é uma dúvida bem comum entre as mamães no período de introdução alimentar. Será que faço sopinha? Mas a minha mãe e minha avó faziam.
Você tem razão, há algum tempo atrás, a alimentação dos bebês era basicamente constituída por sopinhas de carne, batata, cenoura e chuchu. As papinhas eram liquidificadas e muitas vezes oferecidas na mamadeira.
"Acompanhar nutricionalmente o bebê desde que ele está na barriga da mãe até ele se tronar adolescente, passando por todas as suas fases de desenvolvimento é um grande prazer pra mim e com isso, já deu pra perceber que amo o que faço, né?"
Com a evolução das pesquisas na área da nutrição, a recomendação da composição do prato mudou para atender além das necessidades nutricionais, a consistência mais indicada para o desenvolvimento do bebê.
Os bebês têm necessidades nutricionais diferentes, de acordo com a faixa etária e para este pratinho ser saudável, é necessário que ele contenha todos os cinco grupos alimentares (proteínas, carboidratos, leguminosas, verduras e legumes) e uma fonte de gordura boa como o azeite.
Alguns autores recomendam também a divisão do grupo dos carboidratos incluindo as raízes como um grupo separado. Ah, e isso tudo deve acontecer desde os 6 meses lá na introdução alimentar, ok? Cada grupo deve estar separado, para que o bebê possa ver as cores, sentir o sabor e a textura.
Aí vão alguns exemplos de cada grupo alimentar para te ajudar a montar um pratinho lindo!
Proteínas: carne bovina, frango, peixe, ovo, carne suína. Ricas em ferro, vitamina B12 e zinco, previnem a anemia e melhoram o paladar.
Carboidrato: arroz, macarrão, batata inglesa, inhame, aipim, milho. São alimentos que favorecem o ganho de peso adequado e fornecem energia para as brincadeiras.
Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha e grão de bico. São proteínas vegetais e ricos em ferro e vitaminas do complexo B.
Verduras: repolho, brócolis, espinafre. Ricos em fibras, ferro, magnésio e vitamina A, auxiliam na saúde dos ossos, funcionamento do intestino.
Legumes: cenoura, chuchu, abobrinha. Ricos em fibras e fone de vitaminas e minerais, contribuem para a regulação de todo o corpo
Mas e a quantidade? Será que ele vai comer ou não? Não se preocupe com a quantidade. Bebês sabem quando não estão mais com fome e regulam muito bem a sua saciedade. Os pais devem oferecer, apresentar e deixar ter experiências, mas isso já é assunto para outro dia...
*Vanessa é nutricionista especialista em Nutrição Materno-Infantil e Nutrição Clínica, com foco em atendimento Pediátrico, Tentantes, Gestantes e Lactantes.
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