Importância da postura na alimentação para prevenir engasgo.Engasgo é algo que assusta muito os pais, não é mesmo?Você tem receio de dar um pedaço de comida na mão da criança?
Como a fisioterapia pode contribuir?
Ao iniciar a introdução alimentar por volta do 6° mês, quando a criança já desenvolveu componentes para o sentar e tem prontidão para iniciar alimentação, além do leite materno, a fisioterapeuta pode continuar estimulando os componentes para aprimorar o sentar e novas etapas, pode ajudar na mecânica respiratória, dentre outros fatores relevantes.
Quero destacar aqui a importância de orientar com relação a postura adequada, ok? Vem comigo!
É interessante entender a importância do alinhamento biomecânico na hora da alimentação, pois um bom alinhamento impacta na deglutição, respiração e evita engasgo ou broncoaspiração.
A auto alimentação é uma atividade a mais que trabalha função das mãos, para isso a criança deve ter uma boa base de suporte.
Veja algumas boas práticas:
🔸 Criança sentada com apoio da planta dos pés para dar mais estabilidade;
🔸 Apoio das pernas (coxa) no assento favorecendo a criança dobrar os joelhos para apoiar os pés;
🔸 Tronco estável que estabiliza a cabeça para dar estabilidade à mandíbula, que por sua vez estabiliza a língua e os lábios. Ajudando a prevenir engasgos e facilitando uma boa coordenação entre a respiração e a deglutição;
🔸 Bebê deverá comer na cadeira;
🔸 Importante ter apoio dos antebraços a mesa;
🔸 Quem oferta a comida, deverá estar de frente para criança;
🔸 A colher deve ser pequena e rasa;
🔸 Permita que a criança tire o alimento da colher com a boca e não despeje a comida na cavidade oral.
- Se o bebê come no chão ou no colo, não terá uma boa base de suporte, principalmente para os pés e quadril, o que faz com que não tenha estabilidade de tronco e cabeça, dificultando a participação da criança na atividade e favorecendo muito mais ao engasgo.
- Se o bebê senta, até mesmo na cadeira, sem alinhamento nas costas, vai apresentar dificuldade, gasta maior energia e esforço tentando se manter na posição. Isso limita algumas ações e movimentos prejudicando o alcance, alterando todo alinhamento de tronco, cabeça e mandíbula, favorecendo o engasgo.
- O alinhamento também está associado a diminuição do gasto energético.
Quanto menos o bebê se preocupar com a postura, melhor será seu rendimento.
- Quando o bebê não é capaz de se manter estável, podemos ajustar através de recursos externos, fazendo adaptações como:
- Travesseiro ou almofada nas costas para estabilizar o tronco e diminuir a distância do encosto facilitando todo alinhamento.
- Algum suporte como " macarrão de piscina " para permitir o apoio dos pés.
💟 Vamos posicionar nossas crianças para alimentação dando oportunidade para ela aproveitar esse momento de grande integração de sensações, assim como melhorar sua participação na atividade com menor gasto energético e diminuindo a possibilidade de engasgo.
* Bete é formada em fisioterapia, especializada no Conceito neuroevolutivo Bobath baby e infantil combinado com integração sensorial, Método Therasuit. Certificada em cursos de desenvolvimento motor e aspectos biomecânicos e cinesiologicos de 0 a 2 anos, desenvolvimento típico e atípico. Pediatric taping e eletroestimulação na pediatria. Controle de tronco e pediatric gait.
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