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Conversas Maternas - Eduardo Duarte

Os terríveis dois anos

Foto do escritor: Geovanna TominagaGeovanna Tominaga

Você sabe o que significa "os terríveis dois anos"? Ou no inglês: “Terrible Twos”. Esta é uma expressão da língua inglêsa usada para designar uma fase do desenvolvimento da criança quando ela passa a se expressar através de comportamentos inapropriados como birra, desobediência, agressividade, dificuldade em lidar com a frustração, etc.


A psicologia infantil explica que nesta fase a criança possui necessidades, mas devido a pouca idade, tem dificuldade em expressá-las. Quando essas necessidades não são atendidas, elas vão provocar pensamentos que darão origem a sentimentos, e estes levam aos maus comportamentos.


Adolescência do bebê

Essa fase também é conhecida como “adolescência dos bebês", que pode começar por volta de 2 aninhos (até os 10 anos ou mais... Tudo depende da forma como você lida com esses comportamentos!) Perto dos 2, 3 anos de idade, o nosso cérebro está no ápice do desenvolvimento, fazendo milhares de conexões por segundo. Os neurônios estão a todo vapor!


Quando entendemos o que está acontecendo no cérebro das crianças, fica mais fácil entender os ataques de birra, a hiperatividade, o dedinho que cisma em encontrar qualquer tomada... Nesta fase, os pequenos tem tanta energia e vontade explorar o mundo, de aprender sobre tudo!


Nós precisamos deixar esse movimento acontecer sem que eles corram perigo, e impôr limites com firmeza e gentileza. Quanto mais as crianças se desenvolvem nessa fase, mais condição e qualidade terão para aprender no futuro. Mas como fazer isso?


"O autoritarismo, a longo prazo, pode ter consequências desastrosas. Disciplinar pela violência não é educar."

Como educar os filhos

É comum o adulto querer colocar limites e educar a criança. Mas como não sabe como fazer isso, acaba usando recursos tradicionais: castigos, ou palmadas.


Este modelo de criação que impõe autoridade sobre os filhos sem levar em conta que a criança é um indivíduo com direitos, pode representar um risco à longo prazo e provoca consequências futuras. Estudos das neurociências comprovam que educar pela violência não vale a pena.


A Educação Positiva traz ferramentas pra ajudar você a lidar com esses tipos de situações de forma mais satisfatória. Com firmeza nas ações, mas sem deixar o afeto e a gentileza de lado no trato entre pais e filhos. Assista o vídeo pra entender mais:



Se você ainda não conhece essa vertente da educação positiva, Veja esse outro post sobre criação de filhos: Disciplina Positiva.


Disciplina Positiva e Autoestima

A Disciplina Positiva se baseia nos conceitos da psicologia individual do psicanalista Alfred Adler, contemporâneo de Freud. Adler tinha interesse na questão da inferioridade e seu trabalhado era focado nos efeitos positivos e negativos da autoestima.


Quando a criança é incluída nos processos de decisão, ela se sente parte da escolha e, consequentemente, das consequências do que vier a acontecer. Aos poucos, a criança começa a compreender a importância de fazer escolhas corretas e passa a colaborar com os pais. É um processo inverso ao da simples obediência. É um movimento voluntário e respeitoso.


Dentro da proposta da Disciplina Positiva, a criança pode ter um grau de autonomia e participar da tomada de algumas decisões, dentro do que é adequado para sua idade, do contexto familiar. O adulto continua sendo o responsável, mas abre espaço para uma relação com mais comunicação, respeito e a valorização dos sentimentos das crianças.




*Geovanna Tominaga é jornalista, educadora parental, especialista em Neurociência, Educação e Desenvolvimento Infantil. Estudante de Psicologia e Psicopedagogia mãe de primeira viagem do Gabriel.


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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel. 

Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar  dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.


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