Baby Blues: maternidade em lágrimas
- Da redação
- 25 de set.
- 3 min de leitura

A chegada de um filho costuma ser retratada como um momento de plenitude e felicidade.
Mas, na prática, muitas mulheres descobrem que junto com o bebê chegam também sentimentos intensos, instabilidade emocional e até tristeza.
Esse quadro é conhecido como baby blues, uma condição que afeta de 50% a 80% das mães no pós-parto e que merece ser compreendida sem tabu. O baby blues é uma condição emocional transitória, curto, leve e autolimitado. Enquanto a depressão pós-parto é mais longa, intensa e incapacitante, exigindo ajuda profissional.
A atriz Sthefany Brito compartilhou sua experiência ao enfrentar o baby blues após o nascimento de seu primeiro filho, Enrico, no episódio de estreia do podcast Conversas Maternas, apresentado por Geovanna Tominaga.
Ela contou que, apesar de viver o grande sonho de sua vida — ser mãe —, foi surpreendida por uma tristeza profunda e crises de choro diárias:
“Eu sempre fui muito prática, mas quando me vi chorando sem parar, pensei: o que está acontecendo comigo? Foi a primeira vez que parei e entendi que precisava de ajuda.”
O que é o baby blues?
O baby blues é uma condição emocional transitória que surge nos primeiros dias após o parto, geralmente entre o segundo e o quinto dia, e pode durar até duas semanas.
Diferente da depressão pós-parto, o baby blues não é uma doença, mas sim uma resposta do organismo às intensas mudanças hormonais, físicas e emocionais vividas pela mulher.
Os sintomas mais comuns incluem:
Crises de choro frequentes e aparentemente sem motivo;
Sensação de tristeza ou vazio;
Irritabilidade e oscilações de humor;
Ansiedade e preocupação excessiva com o bebê;
Dificuldade para dormir, mesmo quando o bebê descansa.
A importância da rede de apoio
Na entrevista, Sthefany destacou o papel fundamental do marido e de sua psicóloga no enfrentamento desse período. O apoio do parceiro, da família e de profissionais de saúde pode ser decisivo para que a mãe se sinta acolhida e compreenda que não está sozinha.
Geovanna Tominaga também compartilhou sua experiência pessoal, relatando como se sentiu vulnerável ao sair da maternidade com o bebê nos braços. Esse tipo de troca mostra como o baby blues é uma vivência comum, mas ainda pouco falada.
Baby blues não é fraqueza
Um dos maiores desafios é desconstruir a ideia de que sentir tristeza no puerpério é sinal de fraqueza. O baby blues é consequência natural de fatores hormonais e emocionais, e não depende da força de vontade da mãe.
Reconhecer e validar esses sentimentos é essencial para que a mulher não se culpe.
Quando procurar ajuda?
O baby blues tende a desaparecer em até 15 dias. No entanto, se os sintomas persistirem ou se intensificarem, é importante procurar apoio profissional, pois pode se tratar de depressão pós-parto — condição mais séria, que exige acompanhamento médico e psicológico.
Caminhos de acolhimento
No podcast, Sthefany lembrou como compartilhar sua experiência nas redes sociais trouxe acolhimento de outras mães que passaram pelo mesmo. Esse é um exemplo poderoso de como falar sobre o baby blues ajuda a normalizar o tema e a criar conexões.
A maternidade é transformadora, mas não é feita apenas de momentos perfeitos. Falar sobre o baby blues é dar voz às mães que vivem o turbilhão do pós-parto e mostrar que vulnerabilidade também faz parte do maternar.
A experiência de Sthefany Brito no Conversas Maternas reforça que pedir ajuda, acolher os próprios sentimentos e compartilhar vivências são passos fundamentais para atravessar esse momento com mais leveza e consciência.
Acompanhe aqui o nosso Podcast e participe das conversas!
da Redação do Conversas Maternas
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