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Brincadeiras indígenas: criatividade, cultura e conexão com a natureza
As brincadeiras indígenas não são apenas formas de diversão, mas também ferramentas educativas que conectam as crianças à sua cultura, à natureza e ao coletivo.
Elas ensinam valores como o respeito à comunidade, a cooperação e a preservação do meio ambiente.
Por meio dessas atividades, as crianças vivenciam o aprendizado de maneira intuitiva e prazerosa. Incorporar essas brincadeiras no dia a dia das crianças de outras regiões pode ser uma maneira de aproximá-las da rica diversidade cultural dos povos originários do Brasil.
Das petecas à observação dos animais, as brincadeiras indígenas revelam o quanto a criatividade e a alegria são fundamentais para as crianças se divertirem.
Nas comunidades originárias, as crianças brincam livremente, resgatando o que há de mais puro na infância: a liberdade e a conexão com a natureza.
Além de promoverem a diversão, as brincadeiras indígenas carregam histórias e elementos culturais que fortalecem a identidade dos povos originários. Seja utilizando uma semente de fruto típico ou imitando o comportamento dos animais da floresta, a natureza é a principal inspiração.
O escritor Daniel Munduruku, autor do livro infantil Kabá Darebú, diz que uma das coisas que certamente faz parte da educação das crianças indígenas é a possibilidade de elas serem, sobretudo, crianças.
Essa vivência é estimulada por jogos, brincadeiras, contação de histórias ou jogos de roda. O jogo coletivo educa o corpo, enquanto as histórias educam o espírito.
"Esse tipo de atividade ensina as crianças a serem sujeitos individuais dentro de uma comunidade", explica o autor.
Para inspirar a brincadeira, o Conversas Maternas selecionou Algumas brincadeiras indígenas para crianças. Você pode ajudar a aproximá-las das diferentes culturas brasileiras. Vamos aprender como brincar?
A peteca é um brinquedo tradicional da cultura indígena, feita com areia, couro e penas. Para brincar, basta lançá-la com a palma da mão para que outra pessoa a aparar, também com a palma, devolvendo o lance. Se houver mais participantes, pode-se formar um círculo e jogar a peteca de um para outro, sem deixá-la cair. Ganha quem conseguir mantê-la no ar por mais tempo!
Inspirada no comportamento do peixe tucunaré, essa brincadeira é uma dinâmica de pega-pega com obstáculos. As crianças se dividem em dois grupos: os tucunarés ficam no centro, enquanto os peixes menores tentam atravessar o campo delimitado por quadrados feitos com pau e barbante. Os tucunarés precisam capturar os peixes menores, representando o movimento dos peixes no rio.
Muito conhecida em todo o mundo, essa brincadeira também faz parte das tradições indígenas. Para jogar, divide-se as crianças em dois grupos iguais. Cada grupo segura uma extremidade da corda e tenta puxar o time adversário para o seu lado. Para marcar o centro, pode-se usar uma linha feita com giz ou pedra. A vitória depende da força e da coordenação do time.
O pião de tucumã utiliza o caroço dessa fruta, um graveto e um barbante. É preciso fazer três furos no caroço e fixar o graveto no centro. Quando o barbante é puxado, o pião gira e produz um som característico. No Parque do Xingu, essa brincadeira é comum entre as crianças indígenas, que se encantam com o som gerado pelo movimento.
Apesar do nome, não envolve galos de verdade. Nessa brincadeira, duas crianças ficam com os braços cruzados e uma perna dobrada para trás. O objetivo é tentar derrubar o adversário usando apenas os ombros, sem que nenhum dos participantes perca o equilíbrio. A segurança e o respeito são essenciais durante o jogo.
Com inspiração na relação entre predadores e presas, essa brincadeira recria a caça de uma onça às galinhas. As crianças que interpretam as galinhas devem atravessar o campo, enquanto a onça tenta capturá-las. A área de jogo é delimitada no chão, e a linha central indica o território da onça.
Essa atividade, típica dos Kalapalo, no Alto Xingu, consiste em completar um percurso desenhado no chão pulando em uma perna só. Cada criança deve manter o equilíbrio enquanto segue as curvas e retas do circuito. O vencedor é aquele que consegue ir mais longe sem trocar de perna ou perder o equilíbrio.
Essa é uma brincadeira tradicional que conecta as crianças indígenas às habilidades ancestrais de caça. Utilizando um arco feito de galhos e uma flecha leve (geralmente de madeira ou bambu), as crianças praticam a mira, tentando acertar alvos como círculos desenhados no chão ou frutas caídas no campo. Essa atividade estimula a coordenação motora, a concentração e o senso de direção. Para garantir a segurança, as pontas das flechas costumam ser arredondadas ou cobertas com tecidos.
Embora muitas vezes realizada em ocasiões especiais, a pintura corporal é também uma forma lúdica de expressão cultural entre as crianças indígenas. Elas utilizam tintas naturais feitas de urucum, jenipapo e carvão para desenhar formas e símbolos em seus corpos, representando animais, plantas ou elementos de sua cultura. Essa atividade é feita de maneira colaborativa, promovendo criatividade, tradição e conexão com sua identidade.
Seja brincando com a peteca, recriando o movimento do tucunaré, ou girando o pião de tucumã, cada atividade carrega um pedaço da história e da tradição indígena, permitindo que as novas gerações mantenham viva a sabedoria ancestral.
Vamos brincar e preservar as culturas indígenas!
*Geovanna Tominaga é jornalista e escritora, educadora parental, especialista em Neurociência, Educação e DesenvolvimentoInfantil. Estudante de Psicopedagogia e mãe do Gabriel.
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Eu sou Geovanna Tominaga, jornalista, educadora parental, especialista em neurociência, educação e desenvolvimento infantil. Sou estudante de psicopedagogia e mãe do Gabriel.
Apaixonada por comunicação, criei o "Conversas Maternas" pra compartilhar dicas e informações sobre maternidade e desenvolvimento infantil na Primeira Infância para uma parentalidade mais consciente.
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